O tomate pertence a um extenso rol de alimentos da América pré-colombiana totalmente desconhecidos do Velho Mundo antes das grandes navegações, do qual fazem parte o milho, vários tipos de feijões, batatas, frutas como abacate e o cacau (de cujas sementes se faz o chocolate), afora artigos de uso nativo que se difundiram, como o chicle (seiva de Sapota (ou sapoti)) e o tabaco. Estes alimentos só chegaram ao velho mundo no século XVI.
Inicialmente o tomate era tido como venenoso pelos europeus e cultivado apenas para efeitos ornamentais, supostamente por causa de sua conexão com as mandrágoras, variedades de Solanáceas usadas em feitiçaria. Sómente no século XIX é que o tomate passou a ser consumido e cultivado em escala cada vez maior, inicialmente na Itália, depois na França e na Espanha. Durante este século, os europeus que retornavam da América após as viagens ao novo mundo, levaram ao velho mundo a fruta vermelha, que imaginavam ser venenosa.
Nos EUA, o mesmo era tida como veneno e as pessoas morriam de medo dos frutos vermelhos, talvez por uma associação direta com o sangue ou pela mandrágora como dito anteriormente.
Nos Estados Unidos, o tomate foi temido até o ano de 1830, quando um sujeito chamado Robert Johnson subiu nas escadarias da prefeitura de Salem em New Jersey e comeu um tomate inteiro, para espanto total da platéia que assistia ao macabro ritual de “suicídio”.
O povo permaneceu ali, parado por vários minutos esperando que Johnson morresse com o veneno do tomate, mas como isso não aconteceu, as pessoas perceberam que o tomate era um fruto totalmente sem risco e dali em diante o tomate começou a se popularizar nos Estados Unidos.
Quando os tomates chegaram no Velho mundo, ainda não se sabia o que fazer com eles, uma vez que eram muito ácidos para comer como fruta. Foi aí que um chef da corte espanhola chamado Antonio Latine resolveu usar o fruto misturando tomates, cebolas e óleo de oliva para criar um molho. Estava criado o primeiro molho de tomate e daí em diante a popularização do fruto cresceu exponencialmente.
Hoje, segundo dados da Embrapa (2002) o volume produzido no país é cerca de 1,28 milhão de toneladas, em uma área de 18,25 mil hectares. Portanto, a produtividade média é de aproximadamente 70 toneladas por hectare. No mundo o maior produtor mundial da fruta é a China, seguida pelos Estados Unidos. De certo modo isso é uma vergonha para o Brasil, já que temos o clima e as condições mais favoráveis do planeta para a plantação do fruto (taxa de insolação+água em abundância, terra fértil e grande área cultivável) e estamos na nona posição mundial no ranking, atrás do Egito, do Irã e da Turquia.
O Brasil ostenta a nona posição no ranking com uma safra de 3,3 milhões de toneladas em 2006, conforme informações da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) mas é o terceiro na questão da produtividade. Recentemente inovações tecbnologicas permitiram ao país melhorar suas médias e é possível que no futuro subiremos no ranking de produção.
Fonte: www.mundogump.com.br