A respiração é fundamental para manter o bom funcionamento dos pulmões e de todo o corpo humano, sendo essencial para o nosso bem-estar.
O sistema respiratório permite a troca de gases com o ar atmosférico, assegurando a concentração do oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas do organismo, e em contrapartida servindo como via de eliminação dos gases residuais, como o gás carbônico. Também ajuda a regular a temperatura corpórea, o ph do sangue e a liberar água.
No mecanismo respiratório existe um músculo que separa o tórax do abdômen, chamado diafragma. Este músculo funciona como uma membrana, fazendo com que o abdômen se expanda e se comprima conforme a respiração. Na inspiração ele desce, expandindo o abdômen e arrastando consigo a base do pulmão, o que aumenta o seu volume interno e a sucção do ar. Na expiração, o diafragma vai para cima, comprimindo os pulmões e expulsando o ar.
Este mecanismo vai se perdendo com o passar dos anos e principalmente com o sedentarismo, de modo que em muitas pessoas é como se o diafragma não existisse mais, restando somente a respiração com a parte superior dos pulmões, o que a deixa mais rápida.
Respirar corretamente gera inúmeros benefícios ao organismo, como por exemplo, melhorar a digestão, eliminar as toxinas que se formam no corpo, equilibrar as funções orgânicas, ajudar a fortalecer organismos debilitados e combater até mesmo a ansiedade e a obesidade. Respirar lentamente pode ajudar a acalmar e a relaxar o organismo, diminuindo a frequência dos batimentos cardíacos.
Quando realizada de forma incorreta, pode ocasionar problemas a curto e longo prazo, além de resultar em noites mal dormidas, perda de paladar, desalinhamento dos dentes e problemas na face.
Respirar pela boca é um hábito que pode ser adquirido desde a infância. Uma pesquisa inédita, realizada na Universidade de São Paulo revela que a respiração bucal pode desencadear ou agravar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade em crianças. Quando ela passa a respirar pela boca, o cérebro recebe pouco oxigênio, o que acaba prejudicando a atenção e o rendimento escolar da criança. No entanto, vale lembrar que nem todas, que respiram pela boca apresentam esse problema.
A pesquisa ressalta que as causas do déficit de respiração, causando diminuição da atenção ou hiperatividade podem ser orgânicas, como desvio de septo e crescimento da adenoide, que é uma formação localizada na faringe, entre o nariz e a boca. Podem também ser funcionais, quando são causadas por rinites, sinusites e alergias respiratórias.
O diagnóstico para este problema é resultado de uma consulta com médicos especialistas. Munido de exames, o médico poderá analisar as prováveis causas do problema. Como são casos específicos, os tratamentos podem variar de cirurgias para tratamentos clínicos.
Para melhorar a sua respiração e garantir mais qualidade de vida, confira abaixo algumas dicas:
- Prestar muita atenção na respiração. Esta ação pode aumentar e melhorar as suas percepções;
- Inspirar e expirar usando todo o sistema respiratório, ou seja, sinta o ar entrar pelo nariz, passar pelo peito, ir em direção ao baixo ventre e sair fazendo o caminho oposto;
- Treinar a respiração diafragmática com frequência, ou seja, respirar profundamente, expandindo o diafragma e levando o ar rico em oxigênio até os pulmões bem expandidos. Com essa técnica consegue-se aumentar significantemente a capacidade volumétrica dos pulmões. Desse modo, todo o corpo é mais oxigenado, inclusive o cérebro.